segunda-feira, 21 de junho de 2010

Missões III: Igreja - o processo de envio

 Olharemos para a igreja em Antioquia como paradigma de envio, compromisso evangelístico e força plantadora de igrejas. A proposta é fazê-lo sonhar com este modelo bíblico. Não foram Paulo e Barnabé que iniciaram este grande movimento de plantio de igrejas entre os gentios, mas sim uma igreja sensível ao Espírito, com a visão do Reino, temor à Palavra e pronta para servir.
Igrejas plantam igrejas.

Atos 13 nos diz:

1 "Ora, na igreja em Antioquia havia profetas e mestres, a saber: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo.

2 E servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

3 Então, depois que jejuaram, oraram e lhes impuseram as mãos, os despediram”.

Uma aplicação objetiva do texto seria esta: não envie para longe aqueles que não são uma bênção perto. Aquele rapaz que diz possuir um claro chamado ministerial, se não tiver primeiramente um desejo ardente pelo ministério comprovado pelo serviço em sua igreja local, certamente não o terá em lugares distantes. Não está pronto a ser enviado ao seminário. Aquela jovem que insistentemente afirma ter um claro chamado ministerial para a obra missionária em algum lugar distante, se não o demonstrar onde está com os ministérios e oportunidades locais, não o fará também do outro lado do mundo. Não está pronta a ser enviada ao preparo ou ao campo.
Um plantador de igrejas que, localmente não evangeliza, sem disposição para cooperar com as excursões evangelizadoras da igreja, certamente não demonstrará nada diferente em outras regiões.

Pessoal,não há nada mais perto de nós do que a nossa família. Aquele que não pode ser apontado pela esposa, esposo ou filhos como servos no dia a dia de sua casa, dificilmente será uma bênção fora dela, seja ele um professor, pastor, missionário ou crente. Líderes e pregadores que se destacam nos púlpitos e salas de aula de igrejas e seminários, mas fracassam com a família, amigos e pessoas chegadas não estão prontos para o ministério.

Plantadores de igrejas que são exímios no que fazem, nas ruas, praças e templos, porém não tem testemunho de Cristo entre os seus, não estão qualificados ao envio. O ministério não define o próprio ministério. O caráter de Cristo em nós o faz.

Eclesiástico. Não há nada mais perto da igreja do que a própria igreja, os irmãos com os quais nos encontramos a cada semana. Se uma Igreja cristã não demonstra ser abençoadora, para aqueles com a qual convive dia a dia, culto a culto, dificilmente conseguirá fazer diferença em outros lugares, seja perto, seja longe.

Pr José Sabino

Um comentário:

Simone Alvino disse...

Prega Pastor!!!!
Concordo plenamente, porque fugir da responsabilidade que nos rodeia? O testemunho e ação começa de "casa", como ir para longe se os de perto estão carentes?
É tempo de quebrar preconceitos e medos. Medo de falar com o amigo pensando que ele vai criticá-lo por falar de Deus. Ou de achar difícil pregar para a família porque tem muita intimidade.
Tudo isso é verdade, mas queremos que eles sejam salvos não é?! Então não podemos correr o risco de deixar para outro fazer [e este não fazer] o que nós podemos fazer.
Por isso, santificai-nos Senhor a cada dia para sermos as luzes no mundo e fortaleça-nos para quebrarmos as barreiras do nosso eu.

Simone Alvino